domingo, 22 de dezembro, 2024
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Vida que segue e cadeia que muda

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Por Guilherme Kastner,
Engenheiro de Aplicações na SKA

 

Em algum momento, a vida vai retornar após o COVID e muitas coisas tendem a serem diferentes após a pandemia. Na medida que um país foi fechado no início da doença, o mundo todo sentiu rapidamente o impacto por falta de suprimentos.
 
Impacto direto com a COVID
A primeira coisa é observarmos a dependência com a qual passamos a ter do leste asiático para a cadeia produtiva. Por exemplo, vejam notícias a respeito da dependência de respiradores e equipamentos médico-hospitalares.
 
Importação de Respiradores  
 
Transporte de máscaras hospitalares com rotas aéreas especiais 
 
Compra de testes rápidos COVID-19 
 
Quanto aos testes, no Brasil conseguimos fabricar e aplicar os testes convencionais do COVID-19, mas os testes rápidos são importados dos países asiáticos. Mas nem tudo são notícias ruins, o mundo e os governantes brasileiros se tocaram que não poderemos depender de um único país fornecedor.
Hoje estudamos como trazer e incentivar a aplicação de muitos processos em nossos territórios. 
 
Outras cadeias
Outras cadeias de outros tipos de produtos passaram a se movimentar por conta da dependência do território chinês. Os próprios parceiros continentais, como o Japão, começam a retirar as suas empresas do país onde a epidemia foi iniciada. 
 
Para a indústria automobilística, as férias se iniciaram no Brasil não por conta da infecção em um primeiro momento, mas pela falta de matéria-prima. 
 
Isso também trouxe uma necessidade de analisar o que poderia ser nacionalizado na volta da produção industrial. Muito se fala em recriarmos uma nova cadeia no Brasil para nacionalizarmos o que era fabricado em solo oriental.
 
Lançamentos tecnológicos
Nem só de itens fabricados no Brasil viveremos em um cenário pós-COVID. Se fala muito da fabricação dos novos iPhones SE 2 da Apple no Brasil, conforme diversas especulações.
Inclusive com imagem do site da Apple, indicando uma eventual indústria brasileira.
 
Atualmente se trata de um boato, ainda sem confirmação, mas onde tem fumaça, tem fogo. Com o atual cenário, deveremos estar vivendo uma mudança nas cadeias produtivas para descentralizar a dependência chinesa. O próprio presidente dos Estados Unidos busca alternativas a esse cenário, mas por meios não tão políticos. O que antes parecia uma guerra comercial, agora ganha proporções e impactos logísticos. Vejam o que já era notícia em 2019.
Existem muitos incentivos e demandas pela mudança de geografias industriais em lançamentos tecnológicos.
 
Mola comprimida
Muitos mencionam que a indústria, com a paralisação pela qual estamos passando se assemelha a uma mola que está se comprimindo, mas a tendência é que passe, e uma transformação nas cadeias produtivas ocorra. Com a mola liberada, existiria uma explosão na demanda, com uma nova leva de itens vindos:
Novas indústrias
Novas tecnologias
Uma nova demanda por outros processos e uma nova engenharia, que é o foco dessa coluna.
 
Toda a crise pode gerar possibilidades e oportunidades. Saber olhar com o viés certo para o que se passa nos prepara para vivenciarmos o presente com sensatez para planejar o futuro. Conte com parceiros de negócios que tenham essa visão para qualquer situação que possa surgir. 

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