Por Guilherme Kastner,
Engenheiro de Aplicações na SKA
Senhores,
Uma das coisas mais complexas no desenvolvimento de produtos está na integração multidisciplinar dos projetos. Historicamente, sempre vi as empresas preocupadas com o projeto mecânico, enquanto as outras áreas eram interligadas posteriormente.
Quando pensamos em projeto de equipamentos, sempre temos as seguintes disciplinas:
Projeto mecânico
Pneumático/hidráulico
Elétrico
Mecânico
Softwares e sistemas
Concepção de projeto
O mais engraçado é que o desenvolvimento de boa parte dos equipamentos que vivi até hoje sempre foi derivado de traduzir os requisitos de projeto e transformar em um projeto mecânico.
Isso sempre teve a mesma lógica para qualquer tipo de desenvolvimento:
Máquinas
Equipamentos médicos
Brinquedos
Eletrodomésticos
O problema é que isso acaba por trazer uma série de complicações, principalmente relacionando ao funcionamento do que não faz parte dos projetos mecânicos. Abaixo o exemplo de uma placa de circuito impresso que é encaixada no projeto mecânico.
Existem dúvidas em uma série de itens:
Realizar o posicionamento de componentes de forma adequada
Posicionar os alinhamentos de furos na interface do componente a ser fixado
Garantir que exista uma interface nos componentes eletrônicos e mecânicos
Outro exemplo onde muitas vezes os projetistas quebram a cabeça, é no projeto de componentes elétricos.
Daí as dúvidas são outras como:
Otimização de comprimentos de condutores
Alocação de espaços em canaletas para os fios
Posicionamento de componentes considerando as três dimensões espaciais
Problemas de concepção
A não integração entre projetos nos traz diversos problemas históricos em produtos. Existem produtos famosos, que marcaram época, que por caprichos de seus criadores trouxeram impactos negativos ao seu desempenho, seja por aquecimento, curto circuito, ou falha dimensional de equipamento.
Aguardem os próximos posts para discutirmos os produtos.