terça-feira, 16 de julho, 2024
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Indústria 4.0 em 4 partes – O que motivou a quarta revolução industrial?

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Artigo escrito pelo Técnico da SKA, Guilherme Kastner, para a sua coluna no Portal CIMM – Projeto Descomplicado.

Senhores,

Fala-se muito em indústria 4.0, mas do que se trata? O que está envolvido? Quais são as tecnologias?

Primeiro, vamos lembrar das primeiras chamadas “revoluções industriais”:

1ª revolução industrial – começa por volta de 1765 com o surgimento da máquina a vapor;
2ª revolução industrial – um dos marcos dessa revolução foi Henry Ford, por volta de 1913, com a definição de linhas de produção com metodologias científicas de validação;
3ª revolução industrial – é definida com a chegada do computador ao chão de fábrica através dos CLP’s. Com isso a automação industrial proporciona rápidas trocas dos componentes envolvidas.

A quarta revolução começa por volta de 2010 com a chegada da automação da informação em conjunto com a automação. Todas as métricas do parque fabril circulam em tempo real.

Temos de lembrar a motivação do surgimento da indústria 4.0:

– Avanço exponencial da capacidade dos computadores;
– Imensa quantidade de informação digitalizada;
– Novas estratégias de informação;

O conceito da indústria 4.0 envolve algumas coisas:

 


 

Benefícios da indústria 4.0:

Redução de custos – Os custos de produção por unidade passam a ser reduzidos uma vez que há um controle mais global dos métodos e processos.
Economia de energia – O controle do processo fabril garante uma gestão energética mais adequada uma vez que os processos passam a serem monitorados de forma mais precisa e otimizada.
Aumento de segurança – Toda a informação sobre o processo fabril e a gestão da informação da manufatura está no controle de um sistema de gestão da empresa.
Conservação Ambiental – Uso adequado de insumos conforme dimensionamento de matéria prima.
Redução de erros – Cria-se uma base de dados onde os métodos e processos são documentados e o conhecimento adquirido em definições anteriores. Uma vez que um processo seja invalidado, o mesmo fica em poder da empresa e poderá ser utilizado para consultas futuras.
Fim do desperdício – O processo fabril pode vir a gerar insumos que serão documentados e muitas vezes reaproveitados. Um exemplo é a gestão do corte de chapas, onde os retalhos criados serão geridos, codificados e reaproveitados.
Transparência nos negócios – Há uma análise em tempo real e cruzamento de todos os dados da empresa. Pode-se analisar a gestão desde os insumos até o seu uso no produto final.
Aumento da qualidade de vida – Uma planta com pessoas produzindo de forma inteligente e com a proteção a segurança do operário.
Personalização e escala sem precedentes – A produção será dimensionada conforme desejos do cliente e necessidades determinadas conforme vendas.

As referências que utilizei para esta coluna mencionam duas tecnologias, entre elas, a Internet das Coisas – Machine to machine (M2M).

A Internet das Coisas é algo sensacional, se pensarmos até mesmo em nossas casas. É comum de nos pegarmos pensando que a internet há 15 anos era limitada a computadores e há 10 anos passou a chegar nos celulares. Em nossos lares, a internet passou a chegar em diversos itens como televisões, vídeo games, sistemas de iluminação ou condicionamento de ar.

Nas indústrias, as máquinas, terminais de apontamento de operações, computadores e outros itens passam a se comunicar entre si. As estações se comunicam via internet ou através de protocolos próprios. Não há necessidade de interferência humana para a alimentação de dados fabris em sistemas.

Como visto, a Indústria 4.0 é baseada em muitos conceitos e não em uma solução única. Nos próximos posts serão discutidas algumas ferramentas e necessidades de alteração de atitudes na gestão das empresas para a adequação à nova realidade das empresas.

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