Texto publicado originalmente no Baguete
A Flex, multinacional de manufatura de eletrônicos, está usando tecnologia de manufatura aditiva da HP para transformar as suas linhas de produção no Brasil.
Os projetos são conduzidos pelo FIT Instituto de Tecnologia, uma instituição de pesquisa, e, desde o ano passado, contam com equipamentos da linha Multi Jet Fusion da HP instalados pela SKA, companhia de tecnologia para manufatura que é parceira da multinacional americana.
O FIT já vem trabalhando com impressão 3D há cinco anos, mas os equipamentos da HP permitiram um salto qualitativo no trabalho, explica José Tristão, especialista em 3D do FIT.
“Nós começamos usando a tecnologia para prototipagem rápida e agora estamos realmente fazendo manufatura aditiva”, explica Tristão.
A Flex é responsável pela montagem de equipamentos eletrônicos como computadores e celulares para uma série de grandes marcas, a partir de suas plantas instaladas em Sorocaba e Jaguariúna, no interior de São Paulo, e no polo industrial em Manaus, no Amazonas.
A natureza do negócio da Flex implica que a empresa está constantemente implementando novas linhas de montagem para os produtos dos seus clientes, cada uma delas gerando desafios únicos.
Uma das funções do FIT é identificar possibilidades de melhorias nas linhas de montagem, uma tarefa para qual a tecnologia de impressão 3D oferece grande ajuda.
As aplicações vão desde o desenvolvimento de equipamentos para os profissionais até aplicações mais sofistacadas de robotização da produção, dentro de uma visão de aprimoramento contínuo da linha de montagem.
Recentemente, o FIT desenvolveu uma ferramenta sob medida para uma linha de montagem, permitindo aos colaboradores encaixarem uma peça dentro da máquina com menos movimentos repetitivos e mais assertividade.
“A sugestão de melhoria veio dos profissionais da própria linha de montagem”, explica Paula Valério, gerente de Laboratório do FIT. “Educação para as possibilidades da impressora 3D é uma dos nossos focos”, agrega.
Uma das aplicações mais sofisticadas de impressão 3D agora é um braço robótico chamado de Yumi, capaz de coletar cartuchos de caixas e depositar em bandejas, um trabalho que antes ocupava entre dois a quatro colaboradores.
O Yumi é um braço robótico desenvolvido e fabricado pela ABB. O FIT desenvolveu a chamada “garra”, como é que conhecido o que seria a mão na ponta do braço robótico. A iniciativa também envolveu a Sonoco, multinacional de embalagens.
“Pelas características dos cartuchos, essas garras precisavam ser peças desenvolvidas em 3D, com geometria complexa e peso reduzido, o que apenas pode ser feito com manufatura aditiva”, explica Tristão.
Com ajuda das impressoras 3D da HP, a equipe do FIT projetou garras com um design customizado e mais “orgânico”, eliminando cantos e arestas, de forma que o equipamento conseguisse retirar os cartuchos fazendo uso de um sistema pneumático finamente calibrado.
Além disso, a impressora HP 3D Multi Jet Fusion 4200 produz peças com acabamento superior, resistência isotrópica e estanqueidade, o que viabilizou todo o projeto.
Juntas, a ABB, Flex e Sonoco emplacaram o primeiro case de uso do Yumi no Brasil.
A solução para o problema da garra do braço mecânico é uma mostra das possibilidades que a manufatura aditiva abre para empresas como a Flex e mais inovações nesse sentido devem vir no futuro, na visão do FIT.
“Acredito que a impressão 3D pode mudar muito o processo produtivo e o próprio supply chain mundial”, afirma Valério.
Fundado em 2003, o FIT é uma organização sem fins econômicos, de abrangência nacional, credenciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Além da Flex, o instituto está envolvido em uma gama de projetos na área de eletrônica, médica, agricultura e indústria automotiva, com apoio de uma rede de 10 parceiros, incluindo universidades e centros de P&D nacionais e internacionais.
Para saber mais sobre como a solução em impressão 3D da HP pode aludar a sua empresa ou indústria, acesse a página do produto ou preencha o formulário abaixo: